Terceirização e a recomposição dos mercados de trabalho das metrópoles de Belo Horizonte e Salvador

André Mourthé Oliveira

Resumo


O objetivo deste artigo é analisar o impacto do processo de terceirização das atividades econômicas sobre os mercados de trabalho metropolitanos de Belo Horizonte e Salvador, no período de 1995 a 2007. A opção pela terceirização decorreu de dois fatores: a) ampliação das desigualdades socioeconômicas; e b) potencial reconfiguração do mercado de trabalho, pois a terceirização articula uma parte do setor tradicional ao moderno, alterando, dessa forma, a clássica estrutura dual do mercado de trabalho urbano brasileiro (Dedecca, 1998, Oliveira, 2010). A metodologia propõe uma nova categorização das inserções no mercado de trabalho urbano: a) Grupo 1 (G1) – ocupações do setor moderno/formal, com predomínio do assalariamento nas relações de trabalho; b) Grupo 2 (G2) – ocupações do setor tradicional/informal articulado produtivamente com o G1; e c) Grupo 3 (G3) – ocupações do setor tradicional/informal, com o predomínio de trabalho não assalariado. A análise viabilizou o cruzamento dos três grupos com os setores de atividade econômica. Os principais resultados indicam que a terceirização não ampliou a desigualdade socioeconômica nos mercados de trabalho das duas metrópoles. Ressalta-se o forte crescimento do G1 do setor de serviços, significando uma importante “modernização” nesses dois mercados de trabalho.


Palavras-chave


Terceirização. Desigualdade socioeconômica. Mercado de Trabalho. Informalidade. Metrópoles Brasileiras.

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