A CHINA QUE NINGUÉM VÊ: MIGRANTES CHINESES NO CENTRO COMERCIAL DAS CIDADES CEARENSES
Resumo
No Brasil, no fim do século XX e início do século XXI, presenciamos um intenso movimento de pessoas que se deslocam em diferentes escalas, entre elas: metropolitana, intra-regional, inter-regional, global etc. Do ponto de vista da escala global, o movimento migratório chega ao país articulado às atividades econômicas vinculadas, sobretudo, aos circuitos da economia urbana e imprime marcas em cidades que desempenham diferenciadas funções na rede urbana brasileira. Nesse contexto, é possível identificar no Ceará investidores e trabalhadores de várias nacionalidades, entre eles, europeus que possuem um histórico de migrações com o país desde séculos anteriores, fronteiriços e asiáticos no qual estão inseridos os migrantes chineses. Esse grupo chegou ao Brasil a partir de 1810 e se dedicou a desenvolver atividades agrícolas, todavia no século XX passou a ampliar suas atividades laborais em outros setores da economia, na qual resultou em novas territorialidades na escala do território brasileiro, sobretudo nas grandes cidades, com destaque para: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Curitiba e Fortaleza; e também cidades de porte médio, tais como: Juazeiro do Norte e Sobral (CE). Atualmente, a presença dos migrantes chineses no centro das cidades cearenses, têm se tornado notória, já que eles se inserem principalmente através de atividades comerciais. Diante do exposto, objetiva-se neste artigo, analisar a migração chinesa nas cidades de Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte, municípios do Estado do Ceará, bem como a articulação com as atividades econômicas ligadas aos circuitos da economia urbana.
Palavras-chave
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PDF (baixadoDOI: http://dx.doi.org/10.4025/bolgeogr.v36i1.33906
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