AGROECOLOGIA E O PROCESSO DE ATIVAÇÃO DE TERRITORIALIDADES CAMPONESAS/Agroecology and the activation of peasant territorialities
Resumo
Nas últimas décadas, têm se intensificado os debates sobre os horizontes de uma agricultura capaz de informar preceitos de sustentabilidade que extrapolem a dimensão meramente econômica. Nessa esteira, uma miríade de atores organizados reivindica-se protagonista. A cada incursão nesse circuito, os distintos atores elegem o que há de mais estratégico para prover de robustez seus projetos e intencionalidades: ora com forte traço mercadocêntrico, ora apelando para a dimensão/consciência ecológica e para as implicações éticas e referentes à saúde. Contraditoriamente, a “agricultura sustentável” pode apresentar-se como baluarte da luta anticapitalista, na medida em que fortalece a autonomia relativa dos agricultores na disputa territorial contra o agronegócio e permite a politização da ecologia pelo alimento. Pode, entretanto, reforçar o que há de mais avançado em termos de “desenvolvimento sustentável” do capital, explorando as potencialidades de sua fisionomia “verde”/“orgânica”, o que demonstra a excepcional capacidade resiliente do sistema produtor de mercadorias. Com base em resultados de pesquisa, o artigo explora aspectos dessa complexa realidade e traz à tona o debate sobre as potencialidades da agroecologia para com o processo de ativação de territorialidades camponesas.
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INDEXAÇÕES E BASES BIBLIOGRÁFICAS