A ACUMULAÇÃO POR DESPOSSESSÃO NA ANÁLISE DO LAND GRABBING

Lorena Iza Pereira

Resumo


Historicamente o capital necessita de novos territórios para garantir a sua acumulação. Em um contexto de convergência de múltiplas crises, globalização, neoliberalismo, mudanças geopolíticas globais e crise de sobreacumulação [iniciada ainda na década de 1970] desencadeia ainda mais a demanda por ajustes espaciais, resultando em uma verdadeira corrida mundial por terras, aqui chamada de land grabbing. Este cenário único, além de novos agentes, também exige novas formas de acesso e controle do território, no qual são utilizadas novas estratégias [não descartando a recriação de antigas] pelos agentes do capital. Neste contexto Harvey (2003) formulou a acumulação por despossessão, que apesar das críticas é a principal vertente utilizada nos estudos de land grabbing especialmente na ciência geográfica. O objetivo deste artigo é debater sobre a acumulação primitiva e por despossessão relacionando-as com a materialização do land grabbing.

Palavras-chave


Acumulação primitiva; Acumulação por despossessão; Ajustes espaciais; Desterritorialização

Texto completo:

PDF



Caderno Prudentino de Geografia - ISSN: 2176-5774

 

Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção Local Presidente Prudente/SP

Rua Roberto Simonsen, 305, Centro Educacional, CEP: 19.060-900, Presidente Prudente, São Paulo.


 

Licença Creative Commons Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.