MOVIMENTOS SOCIAIS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: VINTE ANOS SEM CHICO MENDES
Resumo
Governo do Estado do Acre, instituições do governo federal,
Comitê Chico Mendes, representantes do sindicalismo rural e Rede Globo
tomaram a iniciativa em 2008, de marcar através de uma série de eventos,
os “vinte anos sem Chico Mendes”. As diversas encenações anunciadas
procuram coroar em “alto estilo” uma monumental transmutação do legado
revolucionário de uma das principais lideranças do sindicalismo rural na
Amazônia brasileira, convertido em pacato “ambientalista”. O objetivo
desta Comunicação é mostrar que essa transmutação foi habilmente
articulada pelo Estado (no sentido ampliado) na tentativa de
re-significar a natureza e a cultura para fins de legitimação da
ideologia do “desenvolvimento sustentável” e assim, facilitar o processo
de espoliação em curso na Amazônia. Nas conclusões, procura-se mostrar
que apesar de bem sucedida no decorrer dessas duas décadas, essa
estratégia começa a mostrar sinais de esgotamento, existem evidências de
retomada da “voz” por parte de alguns movimentos sociais na região,
como é o caso da Via Campesina. A abordagem está referenciada no método
histórico comparativo e na análise de processos e fenômenos sociais
vinculados ao ambientalismo internacional.
Palavras-chave
Chico Mendes; Amazônia/ambientalismo; movimentos sociais.
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INDEXAÇÕES E BASES BIBLIOGRÁFICAS