Representações e práticas sociais de juventudes no espaço geográfico
Resumo
Nas últimas décadas, os debates sobre educação na contemporaneidade surgem como um fenômeno o qual os olhares se voltam na esperança de transformação social diante das problemáticas emergentes globais e locais, tais como: diversidade etnico-racial, questões ambientais, territorializaçao, desterritorializaçao, crises identitárias, entre outras. Por outro lado, sua relação com a discussão sobre o protagonismo juvenil têm se pautado na perspectiva do sentimento e participação dos mesmos em relação à comunidade local. Assim, por meio dos resultados de pesquisa do GIPRES[1], sobre a compreensão de jovens/alunos sobre o processo de percepção socioespacial do Subúrbio Ferroviário de Salvador/BA, buscamos nesse artigo teórico refletir sobre as práticas sociais de jovens no espaço geográfico. Para tal, fez-se necessário aproximar as ideias de Serge Moscovici, sobre a natureza, abordagens, funções das representações e práticas sociais articuladas com as concepções de espaço social de Lefebvre (2006 ; 20150 e espaço vivido de Bomfim (2009). Nesse movimento, ancoramos nas considerações finaisas a concepção sociológica de juventudes com a a nossa ideia de base conceitual dos S : Saberes e Práticas Socioeducativas Sustentáveis, Juventudes e Espaços Socioeducativos no/para o Subúrbio.
[1] O Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Representações, Educação e Sociedade Sustentável busca ampliar sua participação no DEDC I, bem como nos Programas de Pós–Graduação GESTEC e PPGEduC. O GIPRES é um espaço de discussão, pesquisa e sistematização do conhecimento sobre a Teoria e Método das Representações Sociais e Espaciais aplicados à Educação sob a égide da interdisciplinaridade.
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