DINÂMICA ECONÔMICA, TENSÕES E CONFLITOS URBANOS E MOVIMENTOS SOCIAIS
Resumo
Entre os processos recorrentes da produção do espaço urbano estão
tensões e disputas que envolvem interesses distintos e frequentemente
antagônicos, resultando em resistências e conflitos. Entretanto, se os
conflitos têm sido uma constante, a maneira como os grupos sociais os
percebem e encaminham suas reivindicações tem se alterado. Uma primeira
fase poderia ser associada à acumulação intensiva e sua expressão
política, o Estado intervencionista e a organização sindical. Análises
desse período esperavam que reações de grupos urbanos fossem capazes de
não apenas originar mudanças na organização espacial, mas também
provocar transformações na lógica social dominante. Uma segunda fase
poderia ser identificada com a acumulação flexível e sua manifestação na
esfera política, o Estado neoliberal e a contenção da influência
sindical. Diante dessas mudanças, estudos passaram a reconhecer que as
reações de grupos urbanos continham um potencial limitado, representando
aglutinações de alcance relativamente estreito. Nas últimas décadas, as
manifestações conflituosas parecem caracterizar-se menos como
movimentos sociais organizados; e mais como formas de ação coletiva,
limitadas a interesses de grupos específicos.
Palavras-chave
Produção do espaço urbano, conflitos, movimentos sociais urbanos, ação coletiva.
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