CAMPESINATO E POLÍTICA: Uma abordagem geográfica sobre a prática agroecológica
Resumo
Considerando a conflitualidade presente nas relações em que estão
envolvidos os camponeses, sob o capitalismo, propomo-nos, neste
trabalho, a discutir as “práticas agroecológicas” como um fator
político. Interessa-nos, aqui, investigar o modo pelo qual a
agroecologia, enquanto “modelo alternativo”, serve como elemento
mobilizado pelos camponeses para fortalecer uma oposição política à
lógica do agronegócio. Inicialmente, refletiremos sobre o “lugar social”
do campesinato no capitalismo, discutindo, brevemente, a sua condição
de subordinação econômica, apontando, assim, para a relevância política
de iniciativas de resistência a essa realidade adversa. Em seguida, como
implicação teórica, apontaremos para a importância do entendimento da
agroecologia como prática social, questionando, assim, o caráter
naturalista que, em grande medida, subjaz o seu entendimento como
ciência ou campo do conhecimento.
Palavras-chave
Campesinato; Agroecologia; Conflito; Prática social
Texto completo:
PDFISSN: 1982-3878




