A educação geográfica como forma de mitigar consequências das manifestações de risco. Contributos da educação formal e não formal para a prevenção de incêndios florestais
Resumo
Em Portugal, a “Educação para o Risco” é, hoje,
reconhecida como uma componente essencial da formação dos jovens, que
importa desenvolver desde os primeiros anos de vida.Nesse sentido,a
geografia escolar contemporânea, a par de outras ciências,
deveráproporcionar aos alunos um pensamento crítico que lhes possibilite
conhecer, reconhecer, avaliar e prevenir o risco, assim como adotar
medidas de proteção quando o mesmo se manifestar. Com o presente
trabalho pretende-se analisar o contributo que a escola e, em
particular, a educação formal em Geografia tem tido e poderá vir a
desempenhar na “educação para o risco” em geral e, sobretudo, na
prevenção de incêndios florestais. Será ainda discutida a importância de
que a educação geográfica não formal se reveste, dando especial ênfase à
que tem sido levada a cabo nos “Clubes da Floresta”,
dinamizados pela rede de escolas aderentes ao “PROjeto de Sensibilização
e Educação da População Escolar”(PROSEPE), ao longo das suas duas
décadas de existência. Os resultados mostram que geografia escolar
contemporânea revela algumas lacunas na abordagem integrada dos riscos,
os quais poderão ser colmatadas com a entrada em vigor da “metas
curriculares”, no ano letivo de 2015/16. Em contrapartida, o PROSEPE
pelo seu pioneirismo e longa existência, pela elevada adesão de escolas,
docentes e alunos tem assumido um papel privilegiado na mobilização da
comunidade escolar, ao proporcionar práticas educativas que visam, no
espetro mais amplo da educação para a cidadania, a adoção de atitudes e
comportamentos direcionados para a valorização de práticas ambientais,
designadamente a nível das florestas e prevenção dos incêndios
florestais.
Palavras-chave
Educação geográfica; Prosepe; prevenção de incêndios florestais.
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