Uma visão de Caio Prado Júnior

Igor Zanoni Constant Carneiro Leão

Resumo


A partir dos anos vinte e trinta um conjunto pioneiro de autores pensa o desenvolvimento capitalista no Brasil como a passagem de uma sociedade inorgânica e personalista e de um Estado patrimonialista a uma sociedade homogênea e um Estado moderno. Um dos mais importantes desses autores é Caio Prado Júnior que, tendo como referencial a obra de Roberto Simonsen,  elabora uma matriz teórica e ideológica daquele desenvolvimento pensando-o como uma transição de uma economia colonial a uma economia nacional marcada pela industrialização, a homogeneridade e igualdade social no seio de um país democrático e soberano. Sua obra, conquanto se possam fazer críticas a seu aparato analítico e à sua visão teórica global, ainda hoje, ,diante dos impasses da crise atual, permanece válida como agenda de preocupações que incluem a dependência externa, os direitos trabalhistas no campo e a distribuição de renda, a importância do planejamento e do Estado como peça central no desenvolvimento. Trata-se, por isso, de um autor que fornece elementos para a crítica à tão sobrevalorizada visão neoliberal da crise.

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