VARIAÇÕES REGIONAIS DA OFERTA TURÍSTICA NA ESTRADA REAL
Resumo
A criação de caminhos interconectando os núcleos mineradores
coloniais das Minas Gerais foi parte integrante da complexa estratégia
de gestão territorial metropolitana. A Coroa Portuguesa organizou ao
longo desses caminhos uma rede administrativa-fiscal baseada em vilas,
comarcas e casas de fundição. Com a exaustão das minas, as estradas
foram paulatinamente abandonadas e as construções civis e os
equipamentos de fiscalização oficiais perderam sua utilidade
original. Recentemente, este rico legado chamou a atenção de políticos e
entidades contemporâneas que, no intuito de preservar e explorar seus
vastos potenciais turísticos, criaram planos de desenvolvimento. Neste
contexto destaca-se o Instituto Estrada Real, que promoveu uma
regionalização das áreas adjacentes aos caminhos reais no afã de
fomentar a sua atratividade turística. Esta regionalização, entretanto,
omitiu aspectos centrais ao desenvolvimento turístico, como os próprios
atrativos turísticos. Este estudo promove uma análise regional da oferta
turística ao longo da Estrada Real, com base na regionalização proposta
pelo Instituto Estrada Real. Os resultados revelam grandes
discrepâncias entre as várias sub-regiões, sugerindo uma reavaliação dos
critérios de regionalização. Os atrativos naturais concentram-se a
certa distância dos centros urbanos mais dinâmicos, enquanto os
atrativos culturais agrupam-se nas sub-regiões próximas aos centros
urbanos.
Palavras-chave: Regionalização turística. Atrativos turísticos. Estrada Real.
Palavras-chave: Regionalização turística. Atrativos turísticos. Estrada Real.
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Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - pISSN 0100-7912 - eISSN 1983-8700 está licenciada sob Licença Creative Commons > > > > >