A DIMENSÃO ESPACIAL DA EXISTÊNCIA E AS GEOGRAFICIDADES: SOBRE OS SENTIDOS E O FUNDAMENTO GEOGRÁFICO DA AÇÃO POLÍTICA

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Mario Alberto Santos
Catherine Prost

Resumo

No presente artigo admite-se que a dimensão espacial da existência adquire sentido nas interações e relações cotidianas por meio das experiências e da cognição humana. Esses fenômenos estão ligados à construção de nossas geograficidades, e propiciam a pluralidade inerente à vida social. Assim, na concepção fenomênica do mundo, o sentido atribuído ao espaço é determinado por um ato de significação humana. Para a ação política, esse espaço é o da aparência, e como a pluralidade humana é conditio sine qua non dessa ação, a coexistência de ontologias evidencia-se por meio dos sentidos e do fundamento geográficos intrínsecos à ação. Portanto, o aparecer constitui-se no ato que impõe ao agente-sujeito Ser ao agir no espaço da aparência. Considera-se o fundamento geográfico da ação política o próprio espaço onde ela se realiza, e o seu sentido geográfico as geograficidades inerentes aos agentes-sujeitos responsáveis pela sua materialização na vida cotidiana. Ao propor a centralidade na ontologia existencial do Ser, as geograficidades como o fenômeno que traduz as mais profundas e íntimas relações e interações humanas com a Terra, tornam-se essenciais para a própria concepção e realização da ação política, visto que tal fenômeno tem na espacialidade intrínseca ao Ser sua constituição e sentido.

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Artigos
Biografia do Autor

Mario Alberto Santos, Universidade Federal do Oeste da Bahia

Centro das Humanidades, Curso de Geografia

Catherine Prost, Universidade Federal da Bahia

Instituto de Geociências, Programa de Pós-graduação em Geografia