POSSEIROS E GRILEIROS NA FRENTE DE EXPANSÃO DA COLONIZAÇÃO DE DRACENA – SP / SQUATTERS AND LAND GRABBERS IN THE FRONT OF THE COLONIZATION EXPANSION OF DRACENA - SP
Resumo
Para refletir sobre uma sociedade e o território por ela
produzido cumpre investigar a formação do território a partir das
relações sociais, decorrente do modo de produção. Dentro desse contexto
tornou-se essencial entender o processo de produção e ocupação do
território do município de Dracena, tendo como ponto de partida a
análise do avanço das frentes de expansão representada por posseiros e
proprietários, que avançaram em direção a oeste, praticando a
agricultura de subsistência e posteriormente, pelas Companhias
Colonizadoras e compradores de terras vindos das áreas antigas de
plantação de café da “Zona Velha”, de Minas Gerais e das regiões
vizinhas como Araçatuba, Marília, Presidente Prudente, Tupã, além das
vilas menores dos lados norte e sul, todos servidos respectivamente pela
Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e Estrada de Ferro Sorocabana, que
abriram espaço para a ocupação baseado numa ação conjunta formada por
três aspectos violentos: a grilagem de terras devolutas com a
falsificação de documentos em cartórios e sua posterior comercialização;
o aniquilamento das populações indígenas que habitavam a região antes
da chegada dos compradores de terras marcada por conflitos violentos
entre a frente de expansão inicial e os grandes proprietários de terras
(lícitas ou ilícitas) organizados em Companhias Colonizadoras
impulsionadas pela grande quantidade de terras férteis que havia no
espigão entre o rio do Peixe e o Aguapeí no oeste da Nova Alta Paulista
para comercialização e plantação da cultura de café entremeada com
produtos de subsistência.