Profissionalização docente: a função dos estágios obrigatórios na formação de professores de geografia
Resumo
O ensino superior no Brasil passa por grave crise conceitual e tem de (re)descobrir sua (nova) função social e tecnológica. Tal crise, por outro lado, pode ser considerada como um estímulo a se buscar novos caminhos para um ensino superior de qualidade que atenda os princípios norteadores para uma educação voltada à cidadania e a um projeto político de nação, como ainda falta ao Brasil. Uma questão que surge quanto à formação de novos professores em geografia é a obrigatoriedade dos estágios (práticas docentes) em escolas do Ensino Fundamental e/ou Médio ou ainda em Instituições não-formais. Com as novas orientações do Ministério da Educação, que prevê um mínimo de quatrocentas horas de estágio, buscou-se, com isso, uma maior inserção dos acadêmicos nas escolas básicas. Todavia, apenas a ampliação da carga horária não é suficiente para modificar positivamente a atual situação vivenciada pela maioria dos cursos de Licenciatura, seja em Universidades públicas ou particulares. Por outro lado, na escola básica, a precarização da profissão docente, principalmente por não dar estabilidade no emprego (com o excessivo número de professores contratados em caráter temporário) e pela inexistência de razoáveis condições de trabalho, entre outros problemas, tem reduzido ainda mais o interesse pela profissão, além de originar falta de motivação profissional para os que já atuam na carreira. Portanto, este artigo objetiva discutir, em linhas gerais, a formação de professores a partir da perspectiva dos estágios obrigatórios, condição para a obtenção do título de Licenciado em Geografia.
Palavras-chave
Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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