A cartografia social como processo organizativo de visibilidade e mobilização social: relato da experiência com moradores em áreas sujeitas a inundação na cidade de Guarapuava-PR, entre 2015 - 2016
Resumo
A apropriação social da cartografia, por meio da democratização
do acesso à informação, aos mapas e processos tecnológicos, tem
contribuído para as lutas sociais, das quais a cartografia social é um
exemplo. Pautada no envolvimento direto dos sujeitos sociais,
potencializa a autoafirmação dos sujeitos bem como sua visibilidade,
mobilização e reivindicação dos direitos territoriais. Nesta, os
sujeitos sociais, organizados em coletivos, tais como comunidades
tradicionais ou associações de bairro, decidem o quê e como
representar-se, por meio do diálogo e da troca de experiências entre o
conhecimento local e o técnico. Com o intuito de contribuir com a
reflexão sobre a cartografia social em ambientes urbanos, neste artigo
apresenta-se a experiência realizada com moradores do bairro Vila Carli,
vítimas das inundações do rio Cascavel, no ano de 2014, na cidade de
Guarapuava, estado do Paraná. A abordagem metodológica é qualitativa,
buscando descrever e registrar o processo que culminou com a produção de
um fascículo sobre o bairro, problematizando os desastres naturais,
suas consequências e as demandas dos moradores. Os resultados apontaram
para a importância da cartografia social como um processo organizativo,
de visibilidade e mobilização social, na medida em que envolve
efetivamente os sujeitos sociais suscetíveis à vulnerabilidade ambiental
na discussão da/na cidade.
Palavras-chave
Cartografia social; Vulnerabilidade; Mobilização.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5433/2447-1747.2018v27n2p225
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Geografia (Londrina)
ISSN: 0102-3888
E-ISSN: 2447-1747
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