Regime tributário do ICMS nas transações interestaduais - harmonização tributária ou autonomia estadual?
Resumo
O ICMS é o imposto com a maior arrecadação no Brasil. A
atribuição de competência aos estados para tributar imposto do tipo
valor agregado lhes permite obter maior grau de autonomia, mas pode
provocar distorções econômicas em virtude da característica nacional do
tributo. Um de seus principais problemas reside na sistemática adotada
nas operações e prestações interestaduais, mediante adoção de alíquotas
interestaduais diferenciadas e inferiores às que são aplicadas nas
operações e prestações dentro do estado, denominada princípio de
tributação de origem restrita, e que tem por propósito partilhar o
produto da arrecadação entre o estado de origem e o estado de destino. O
objetivo do presente artigo é demonstrar que este sistema precisa ser
alterado, verificando as conseqüências que a sistemática provoca na
economia e no pacto federativo. Visa demonstrar que está sendo pago um
preço muito alto e coloca em dúvida a eficácia do modelo para partilhar
receita entre o estado de origem e o de destino. A análise leva em conta
o dilema inerente à escolha entre autonomia federativa e neutralidade
econômica.
Palavras-chave
ICMS; IVA; estados; operações interestaduais; alíquotas;
princípio de origem; princípio de destino; autonomia; neutralidade;
harmonização; guerra fiscal
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