O significado da produção de hierarquias sociais em sociedades heterônomas e racializadas

Andrelino Campos, Hebert Guimarães Calvosa

Resumo


http://dx.doi.org/10.5007/2177-5230.2017v32n63p49

Os debates que envolvem noções, conceitos e teorias sobre classe social, raça, etnicidade, preconceito, discriminação, desigualdades sociais, entre tantos outros, quase sempre provocam dificuldades, dúvidas para quase todos os pesquisadores que necessitam desses conhecimentos para buscar compreensão de seu objeto de pesquisa. Essas complicações são ainda maiores quando se buscam enquadrá-las na dimensão socioespacial, sobretudo nos estudos vinculados à segregação sócio-espacial com conteúdos étnico-raciais. Quase todas essas dimensões, de uma maneira ou de outra, estarão ligadas à hierarquização social.

O objeto deste trabalho será encontrar outras possibilidades de contestar a racialização e/ou a etnização como elementos de dupla  hierarquização dos sujeitos negros, visto que as classes sociais já a criam a partir do mundo do trabalho, com rebatimento na produção de estigma, discriminação, preconceito e segregação socioespacial dos pretos(as) e pardos(as).

Dividiremos este artigo em duas partes: (a) tratará da questão da racialização da sociedade brasileira tendo como base a bipolarização entre ser branco e preto; como possibilidade de  assunção de ser negro; primeira porta para a politização efetiva da diferença; (b) A segunda parte tratará das bases politizadas da etnização da sociedade, onde o ser negro ganha um pertencimento que o coloca no contexto de ser sujeito da ação.


Palavras-chave


Social; Etnização; Racialização; Hierarquização social; Ser negro

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DOI: https://doi.org/10.5007/2177-5230.2017v32n63p49

Geosul, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. eISSN 2177-5230

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