DETERMINANTES SOCIAIS DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CASOS DE DENGUE NA FAIXA FRONTEIRIÇA DO BRASIL
Resumo
O presente estudo busca identificar os determinantes sociais da
distribuição espacial do dengue nas fronteiras do Brasil. Foram
realizadas análises descritivas e inferenciais de diferentes indicadores
socioeconômicos, bem como da incidência do dengue por município,
discriminados pelos níveis de organização da fronteira internacional:
faixa de fronteira, linha de fronteira e cidades gêmeas. Foram
utilizados métodos bayesianos empíricos e o coeficiente de correlação de
Spearman para as análises espaciais. No nível de país e faixa de
fronteira, se encontraram associações da incidência de dengue com a
condição laboral (rho>0,25; p<0,01). Na linha de fronteira foram
encontradas associações com a vulnerabilidade social, o acesso à
serviços de educação e saneamento (-0,38<rho>0,50; p<0,001).
Por último, nas cidades gêmeas com a desigualdade da renda,
vulnerabilidade social, a mobilidade e o acesso aos serviços de educação
e saneamento (-0,46<rho>0,53; p<0,001). Os achados apontam a
existência de diferenças entre os determinantes sociais estudados do
dengue com os diferentes níveis de organização espacial da faixa de
fronteira internacional, bem como discrepâncias quanto ao acesso da
população à serviços sociais básicos, o nível de instrução e a
renda, os quais foram relacionados com a incidência de dengue e a
proximidade dos municípios à fronteira internacional.
Palavras-chave
Dengue, Determinantes Sociais, Epidemiologia Espacial, Fronteira
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