Questões metodológicas sobre o “déficit habitacional”: o perigo de abordagens corporativas
Resumo
A partir da metodologia para o cálculo do déficit habitacional,
desenvolvida pela Fundação João Pinheiro por demanda do governo federal –
em aprimoramento contínuo desde meados dos anos 90 e atualmente
referência nacional na área – os autores fazem uma análise crítica ao
viés corporativo da metodologia elaborada pelo Sindicado da Construção
Civil/SP (Sinduscon/SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas/SP.
Essa abordagem superestima o déficit quantitativo ao considerar a
totalidade dos domicílios das favelas como “déficit”. Não distingue,
também, a necessidade de construção de novas moradias da “inadequação de
domicílios” que, sem implicar custos de reposição total das unidades,
exige políticas públicas complementares à habitacional, como saneamento,
infra-estrutura, urbanização, regularização fundiária, etc.
Palavras-chave
necessidades habitacionais; déficit habitacional; inadequação de
domicílios; política habitacional; interfaces de políticas; habitação
popular; favelas.
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.1590/8773
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