Autonomia Municipal no Contexto Federativo Brasileiro
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar o contexto
histórico-institucional em que se situa a autonomia dos governos
municipais no âmbito do federalismo brasileiro. A Constituição de 1988
tornou o Município “ente federativo” dotado de autonomia política,
legislativa, administrativa e financeira. O novo desenho institucional,
no entanto, suscitou reações que colocaram em xeque aquela autonomia, em
particular a financeira. Para avaliar tais reações foram levantadas as
Emendas à Constituição que afetaram a autonomia municipal ao longo dos
últimos 23 anos em que a atual Constituição está em vigor. Dados
relativos a alguns indicadores de finanças municipais foram apresentados
para situar o impacto das reformas constitucionais. A análise dos dados
sugere que os anos 1990 foram marcados por um ataque à autonomia
financeira dos Municípios, considerados entes federativos pouco
comprometidos com o ajuste fiscal em contexto de crise econômica. Na
década seguinte, avançou a cooperação interfederativa, inclusive com
aumento das transferências governamentais para os Municípios. Resta,
contudo, resolver problemas decorrentes da estrutura federativa
tripartite, marcado por forte heterogeneidade entre os municípios
brasileiros.
Palavras-chave
Município; Autonomia financeira; Reformas constitucionais; Finanças municipais; Federação brasileira
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 .
R. Paranaense Desenv. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Curitiba, PR, Brasil, ISSN 2236-5567 (online) e ISSN 0556-6916 (impresso) - revista@ipardes.pr.gov.br
Indexada em:
Enviar artigo via e-mail