EDMUND BURKE: FILÓSOFO DO ANTI-ILUMINISMO
Resumo
O presente trabalho tem o intuito de fornecer um breve panorama
da filosofia política conservadora de Edmund Burke, centrando-se na
análise da obra Reflexões sobre a revolução na França, em que o
autor irlandês faz uma análise do Iluminismo e da Revolução Francesa,
definindo o pensamento conservador como crítico do pensamento
revolucionário. A crítica à mentalidade revolucionária se dá na medida
em que esta se coloca como uma forma de idealismo político, na qual
busca-se um ideal ao qual a realidade social deve se adequar. O
conservadorismo, por outro lado, define-se como filosofia política
posicional e realista, se adequando às circunstâncias e à concretude do
real, em que a experiência acumulada de uma sociedade se insere como
determinante, sendo rejeitadas abstrações a priori, numa
espécie de empirismo político. Também se caracteriza por um ceticismo
frente às idealizações nunca testadas pela experiência e, de igual modo,
frente a um otimismo quanto à possibilidade intelectual e moral de o
ser humano idealizar uma sociedade perfeita que seja realizável e de
querer efetivamente realizá-la.
Palavras-chave
Burke; Conservadorismo; Revolução Francesa
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