Uma Geografia da nova radicalidade popular: algumas reflexões a partir do caso do MST
Resumo
Será que a dita “globalização”, tema central do discurso
ideológico ultraliberal, anuncia o fim da geografia? Não! Essa é mais
uma carta marcada da prepotente idéia do fim da história. Mas, do mesmo
modo, a geografia deve por fim à sua própria fragmentação caleidoscópica
em pedaços esparsos: universitária, escolar, tecnocrática e cotidiana, e
também à sua auto-esterilização em vãs querelas acadêmicas. Por meio de
alguns elementos de reflexão apresentados neste artigo, a partir da
análise do caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
queremos mostrar que a geografia já dispõe, fora do beco da
“pósmodernidade”, de um conjunto de conhecimentos em elaboração que a
destaca. Nesse processo se busca a construção de um novo paradigma – no
sentido real da palavra – que objetiva fazer da geografia uma ciência
social do espaço pluriescalas, da conflituosidade territorial, da
emergência de novas identidades socioespaciais, da pesquisa participante
dos geógrafos e de seu comprometimento com a realidade. Desse modo,
defendemos que a geografia possa ser capaz de esclarecer e de acompanhar
a emergência em curso de uma nova radicalidade popular.
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