ASPECTOS DA EPIDEMIOLOGIA DA SÍNDROME PULMONAR POR HANTAVIRUS (SPH) EM MINAS GERAIS, BRASIL (2002 A 2009) E SUA RELAÇÃO COM USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Lilia Beatriz Oliveira, Mônica Andrade Morraye

Resumo


O objetivo do estudo foi identificar os aspectos da epidemiologia da Síndrome Pulmonar por Hantavírus (SPH) no Estado de Minas Gerais, Brasil, e sua relação com uso e ocupação do solo. Utilizaram-se dados de casos notificados e confirmados de SPH registrados no SINAN (Sistema de Informação de Agravo de Notificação) no período de 2002 a 2009. Nesse período ocorreram 209 casos de hantavirose, com média anual de 28 casos/ano. Maior número de casos (40) em 2005. As taxas de incidência e letalidade variaram 7,63 a 20,79/10.000.000 habitantes e 20% a 52%, respectivamente. Os casos concentraram-se nas macrorregiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Homens, da raça branca, na faixa etária de 21 a 40 anos, com 4 a 7 anos de estudo foram os mais acometidos. O local provável de infecção (LPI) mais frequente foi a zona rural (62,68%). Houve maior concentração em áreas de cerrado, com correlação positiva forte com culturas de feijão (Região Sul/Sudoeste) e soja no Triângulo Mineiro. Este estudo constitui a base para estudos de modelação mais complexos para quantificar e prever a importância dos fatores ambientais sobre a distribuição espacial do hantavírus neste estado.

Palavras-chave


hantavirose; doenças emergentes; ecoepidemiologia; uso e ocupação do solo; fatores climáticos; Minas Gerais

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