Os estudos geomorfológicos no Brasil: evolução teórica e metodológica
Palavras-chave:
Institucionalização do ensino de Geografia. Geografia francesa. Pesquisa geomorfológica.Resumo
Este artigo discute o processo de institucionalização do ensino de Geografia nas universidades brasileiras na primeira metade do século XX e sua importância para o desenvolvimento e consolidação da pesquisa geomorfológica nacional. A metodologia adotada constou de revisão bibliográfica. Os estudos geomorfológicos no Brasil surgiram nas primeiras décadas do século XX em consonância com a institucionalização do ensino de Geografia nas universidades. Nesse processo foi determinante a participação de geógrafos franceses como Pierre Monbeig, Pierre Deffontaines e Emanuel de Martonne. Os primeiros trabalhos, realizados sob a perspectiva da teoria do Ciclo Geográfico da Erosão, ainda que apresentassem inconsistências em seu modelo de evolução geomorfológica, contribuiram significativamente para o desenvolvimento de teorias mais condizentes com a realidade tropical do território brasileiro. A difusão da Geografia alemã, principalmente através das ideias de Walter Penk (1924), foi de grande importância da para a construção de novos modelos interpretativos do relevo. Ressalta-se que a consolidação das bases metodológicas da pesquisa geomorfológica no Brasil ocorreu a partir da década de 1950 com o reconhecimento da importância dos estudos do clima na modelagem do relevo, o desenvolvimento da Cartografia Geomorfológica e o uso do Sensoriamento Remoto nos estudos do território.
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