Estado de Direito e Punição: a lógica da guerra no Rio de Janeiro
Resumo
O artigo busca destacar a continuidade de práticas inquisitoriais
e autoritárias no Estado democrático no Brasil por meio da análise do
programa de segurança pública Unidades de Polícia Pacificadora, mantido,
desde 2008, pelo governo do estado do Rio de Janeiro, cujo objetivo é
ocupar favelas na capital. Este programa revela aspectos da atual
adaptação discursiva que tempera inerentes características do Estado –
como a infindável batalha visando ao monopólio da violência e o governo
das condutas – com elementos da proteção aos direitos humanos e de
promoção da democracia. Ao final, esse redimensionamento das políticas
estatais atualiza o poder punitivo exercido com a usual seletividade que
se dirige a grupos sociais específicos.
Palavras-chave
Poder estatal. Punição. Unidades de Polícia Pacificadora. Democracia. Rio de Janeiro.
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