Espaços interditos e a constituição das identidades travestis através da prostituição no Sul do Brasil. DOI: 10.5212/Rlagg.v.3.i1.054073
Resumo
A presente discussão tem por objetivo evidenciar a relação entre
espacialidades interditas e a constituição de elementos identitários
travestis. Estas reflexões nasceram do resultado da realização de um
conjunto de dezenove entrevistas no Sul do Brasil e três na Espanha com
travestis que retiram seu sustento da atividade da prostituição. Este
volume de falas produziu um conjunto de 1.009 evocações que se
relacionaram as principais espacialidades vivenciadas pelas travestis.
Abordamos nesta discussão as espacialidades referentes a casa, a escola e
a vizinhança, a cidade e as casas noturnas, as pensões para travestis e
as boates. A existência travesti é atravessada por espaços interditos e
por espacialidades relacionadas direta ou indiretamente a atividade da
prostituição. O paradoxo de suas existências relaciona-se a processos
espaciais de exclusão e de acolhida, a partir de formas contraditórias e
complementares. Assim, estes processos não se colocam como
oposicionais, mas complementam-se compondo espacialidades travestis
multidimensionais.
Palavras-chave
Espaços Interditos; Prostituição Travesti; Identidades
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