O fim das favelas? Planejamento, participação e remoção de famílias em Belo Horizonte
Resumo
Ao contrário do observado em várias partes do mundo, Belo
Horizonte apresentou decréscimo no número de favelas e de seus
moradores, indicando intenso processo de remoção de famílias e
desfavelização, levado a cabo pelo próprio Estado. Este artigo foca as
políticas públicas e o planejamento para as favelas em Belo Horizonte
nos últimos anos, apontando inflexão nas práticas governamentais nas
favelas, no sentido inverso das lutas dos movimentos sociais e das
conquistas históricas de suas populações: de um lado, na garantia do
direito de permanência das famílias no local e, de outro, no direito de
participação cidadã. Se houve avanços na consolidação urbanística das
favelas e nos serviços públicos, a apropriação e o uso do espaço urbano
como direito avançaram pouco, apesar da Constituição Federal e do
Estatuto da Cidade garantirem o direito à moradia como um dos direitos
fundamentais, buscando-se a efetivação da função social da terra urbana.
Palavras-chave
Belo Horizonte; favelas; remoções; Vila Viva; gentrificação; direito à moradia; participação cidadã
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