MAPEAMENTO DAS RELAÇÕES NAS PESQUISAS SOBRE POBREZA E MIGRAÇÃO (1980-2017)
Abstrato
Este artigo apresenta um Estudo de Mapeamento Sistemático (SMS) do que foi produzido e discutido sobre as relações entre pobreza e migração entre 1980 e 2017, a fim de analisar as principais preocupações do pesquisador, bem como os temas, períodos e locais de origem. os papeis. O artigo parte da hipótese de que, conhecendo o contexto internacional (utilizando plataformas como Web of Science, Scopus e
ScienceDirect), seria possível avaliar, a posteriori, a produção na América Latina (analisando SciELO, LatIndex e RedALyC), com o objetivo de comparar as principais preocupações, tanto local quanto globalmente. O artigo pretende avaliar os principais temas relacionados e discutidos quando se fala em “pobreza e migração” e as relações que se estabelecem entre eles. Os resultados desta pesquisa mostram, entre outros, que a relação entre pobreza e migração é multidimensional, multidirecional e multiescala. Duas preocupações principais, sempre presentes, dizem respeito às questões socioeconômicas e ao nexo causal entre migração e pobreza (ainda sem um consenso claro). Embora tenha havido um crescimento exponencial de publicações após 2007, verificou-se a baixa presença de artigos que analisam a realidade latino-americana e brasileira.
Palavras - chave : Pobreza e migração; Estudo de mapeamento sistemático; Bases de dados bibliográficas; Bibliometria
References
ALKIRE, S.; FOSTER, J. Counting and multidimensional poverty measurement. Journal of Public Economics. Amsterdam, v. 95, n. 7-8, p. 476-487, 2011.
BAENINGER, R. Fases e faces da migração em São Paulo. Campinas: NEPO-UNICAMP, 2012.
BANCO MUNDIAL. Introduction to poverty analysis. Washington, DC: The World Bank, 2005. 218p.
BARROS-JUSTO, J. L.; CRAVERO-LEAL, A.; BENITTI, F. B. V.; et al. Systematic Mapping Protocol: The impact of using software patterns during requirements engineering activities in real-world settings. Ithaca: Cornell University Library, 2017. Disponível em: https://arxiv.org/abs/1701.05747. Acesso em: 04 jan. 2018.
BEDI, T.; COUDOUEL, A.; SIMLER, K. Maps for Policy Making: Beyond the Obvious Targeting Applications. In: BEDI, T.; COUDOUEL, A.; SIMLER, K. (Eds.) More than a Pretty Picture: using poverty maps to design better policies and interventions. Washington, DC: The World Bank, 2007. p. 3-22.
BRADSHAW, J.; FINCH, N. Overlaps in dimensions of poverty. Journal of Social Policy, Cambridge, v. 32, n. 4, p. 513-525, 2003.
BRITO, F. Transição demográfica e desigualdades sociais no Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 5-26, 2008.
CANO, W. Novas determinações sobre as questões regional e urbana após 1980. Campinas: IE/UNICAMP, 2011. 38p. (Texto para Discussão IE/UNICAMP nº 193).
CODES, A. L. M. A trajetória do pensamento científico sobre pobreza: em direção a uma visão complexa. Brasília: IPEA, 2008. 33p. (Texto para Discussão nº 1332).
DEICHMANN, U. Geographic aspects of inequality and poverty. Roma: FAO, 1999.
EASTERLIN, R. The new age structure of poverty in America: permanent or transient? Population and Development Review, New York, v. 13, n. 2, p. 195-208, 1987.
FELLOWS, I. wordcloud: Word Clouds. R package version 2.5. 2014. Disponível em: https://CRAN.R-project.org/package=wordcloud. Acesso em: 08 jan. 2018.
FERREIRA, F. H. G.; LANJOUW, P.; NERI, M. A robust poverty profile for Brazil using multiple data sources. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 57, n. 1, p. 59-92, 2003.
FOSTER, J.; GREER, J.; THORBECKE, E. A class of decomposable poverty measures. Econometrica, Malden, v. 52, n. 4, p. 761-767, 1984.
GOUGH, D.; THOMAS, J. Commonality and diversity in reviews. In: GOUGH, David; OLIVER, Sandy; THOMAS, James (Orgs.) An introduction to systematic reviews. Los Angeles: SAGE, 2012. p. 35-65.
HADDAWAY, N. R.; BERNES, C.; JONSSON, B.; et al. The benefits of systematic mapping to evidence-based environmental management. Ambio – A Journal of the Human Environment, Stockholm, v. 45, n. 5, p. 613-620, 2016.
HAGENAARS, A.; DE VOS, K. The Definition and Measurement of Poverty. The Journal of Human Resources, Madison, v. 23, n. 2, p. 211-221, 1988.
HAGENAARS, A.; VAN PRAAG, B. M. S. A synthesis of poverty line definitions. Review of Income and Wealth, Ottawa, V. 31, n. 2, p. 139-154, 1985.
HEINZ, M. Systematic Mapping Studies. Mainz: Universität Koblenz-Landau, 2014. Disponível em: https://userpages.uni-koblenz.de/~laemmel/esecourse/slides/sms.pdf. Acesso em: 11 fev. 2017.
HENNINGER, N.; SNEL, M. Where are the poor? Experiences with the development and use of poverty maps. Washington, DC: World Resources Institute, 2002.
HOFFMANN, R. Distribuição de renda – medidas de desigualdade e pobreza. São Paulo: UdUSP, 1998. 285p.
KITCHENHAM, B.; CHARTERS, S. Guidelines for performing Systematic Literature Reviews in Software Engineering. Version 2.3. Keele; Durham: Keele University; University of Durham, 2007. 65p. (EBSE Technical Report EBSE-2007-01).
KOTHARI, U. Migration and chronic poverty. Manchester: Institute for Development Policy and Management, 2002. 32p. (Chronic Poverty Research Center - WP 16).
LIPTON, M.. Demography and poverty. Washington, DC: The World Bank, 1983. 127p. (World Bank Staff Working Papers nº 623).
MARIA, P. F.; BAENINGER, R. Migração e pobreza: primeiras aproximações para o Brasil (1995-2014). In: SEMINÁRIO E PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS, 11., 2016, Londrina. Anais… São Paulo: Blucher, 2016.
MARTINE, G. A globalização inacabada: migrações internacionais e pobreza no século 21. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 3-22, 2005.
MEDEIROS, C. N.; PINHO NETO, V. R. Os determinantes da pobreza extrema no Estado do Ceará – 2010. Fortaleza: IPECE, 2011. 45p. (Texto para Discussão nº 97).
NARAYAN, D.; PATEL, R.; SCHAFFT, K.; et al. Voices of the Poor: can anyone hear us? Washington, DC: The World Bank, 2000. 360p.
PATARRA, N. L. Migrações internacionais: teorias, políticas e movimentos sociais. Estudos Avançados, São Paulo, v. 20, n. 57, p. 7-24, 2006.
PETERSEN, K.; VAKKALANKA, S.; KUZNIARZ, L. Guidelines for conducting systematic mapping studies in software engineering: an update. Information and Software Technology, Amsterdam, v. 64, p. 1-18, 2015.
ROCHA, S. Estimação de linhas de indigência e pobreza: opções metodológicas no Brasil. In: HENRIQUES, R. (Org.) Desigualdade e pobreza no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, 2000.
ROCHA, S. Do consumo observado à linha de pobreza. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 27, n. 2, p. 313-352, 1997.
ROCHA, S. Poverty under inflation. In: ØYEN, E.; MILLER, S. M.; SAMAD, S. A. (Eds.) Poverty – a global review: Handbook on International Poverty Research. Oslo: Scandinavian University Press, 1996.
SEN, A. K. Development as Freedom. Oxford: Oxford University Press, 2001. 384p.
SEN, AK Commodities e Capacidades. Amsterdam: North-Holland, 1985. 130p.
SIDDIQUI, T. Impacto da migração na pobreza e no desenvolvimento. Brighton: University of Sussex, 2012. 44p. (Consórcio do Programa de Pesquisa “Migrando para Fora da Pobreza” - Documento de Trabalho 2).
SOARES, SSD Metodologias para estabelecer a linha de pobreza: objetivas, subjetivas, relativas, multidimensionais. Brasília: IPEA, 2009. 53p. (Texto para Discussão nº 1381).
VAINER, CB Estado e Migração no Brasil: da imigração à emigração. In: PATARRA, Neide Lopes (Coord.) Emigração e imigração no Brasil contemporâneo. São Paulo: FNUAP, 1995. p. 39-52.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0 .
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
- Authors retain the copyright and grant MERCATOR the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License, which allows the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal.
- Authors are authorized to sign additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publish in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
- Os autores são autorizados e incentivados a publicar e distribuir seus trabalhos online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) em qualquer momento antes ou durante o processo editorial, pois isso pode gerar mudanças produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (ver The Effect of Free Access ).
- Os autores são responsáveis pelo conteúdo do manuscrito publicado na revista.