Novas dinâmicas territoriais no Ártico: cooperação ou nova Guerra Fria?
Resumo
O Ártico é uma das regiões do planeta mais sensíveis às mudanças
climáticas e passa por drásticas mudanças ambientais, tais como a
redução da área coberta por gelo marinho. Essas mudanças, aliada a
demanda por novas áreas de produção de óleo e gás, transformaram o
Ártico numa zona de tensão política. Após uma breve discussão dos
recursos naturais disponíveis, este artigo analisa os interesses
territoriais e as ações realizadas pelos países com uma costa ártica
para explorar suas plataformas continentais e expandir suas Zonas
Econômicas Exclusivas (ZEE), conforme permitido pela Convenção das
Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Esses países, EUA, Canadá,
Dinamarca (Groenlândia), Islândia, Noruega e Rússia, procuram expandir
suas áreas geográficas de interesse e ação para o Norte, para,
principalmente, explorarem os recursos naturais encontrados no assoalho
oceânico. Por outro lado, o cenário político é incerto para a região,
principalmente se considerarmos o forte antagonismo entre os EUA e a
Rússia. Essa tensão foi acentuada pela recente crise na Ucrânia, o qual
poderá contribuir para a instabilidade das relações internacionais no
Ártico. Por outro lado, à região está na pauta dos fóruns
internacionais, e várias nações não polares, como a China e a Índia, já
mostram forte interesse sobre o futuro do oceano Ártico e o tema começa a
vir à tona no Brasil.
Palavras-chave
Ártico; Geopolítica; Território; Petróleo.
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