AS METRÓPOLES TRANSFRONTEIRIÇAS E A CONSTRUÇÃO DE COOPERAÇÕES ESTRATÉGICAS EM BASILEIA E GENEBRA: FRONTEIRAS SEMPRE AMBIVALENTES
Resumo
As cooperações transfronteiriças, iniciadas nos anos 1970 entre
comunidades limítrofes localizadas tanto de um lado como do outro de uma
fronteira internacional, não parecem esgotar-se. Pelo contrário, novas
iniciativas foram realizadas nas últimas décadas, em Basileia e em
Genebra, duas cidades suíças em situação fronteiriça, cujas periferias
urbanas situam-se parcialmente do outro lado das fronteiras
internacionais. O objetivo deste artigo é mostrar que essas duas
aglomerações transfronteiriças apresentam características de metrópoles
transfronteiriças. Apesar de serem cidades pequenas, Basileia e Genebra
podem ser consideradas “polos de excelência”, de acordo com a expressão
de Jacques Lévy para qualificar as metrópoles. Além disso, elas
preenchem os requisitos de Blotevogel e Danielzyk (2009) para definir
uma metrópole. Porém, a análise das funções metropolitanas no espaço
urbano mostra que, em geral, estas estão amplamente concentradas de um
lado da fronteira, na aglomeração urbana, em um polo metropolitano. Em
contrapartida, esse polo organiza um vasto espaço transfronteiriço,
sendo que uma parte dele apresenta a forma de uma aglomeração
transfronteiriça. A metrópole também é, sobretudo, um projeto político
de responsabilidade dos dois cantões de que fazem parte essas cidades. O
objetivo desses projetos é propor uma visão integrada da aglomeração e
definir uma perspectiva comum de ordenamento territorial. As fronteiras,
mesmo pacificadas e abertas, não deixam de revelar profundas
diferenças, o que torna a gestão dessas aglomerações especialmente
complexa.
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