O Espaço e o Poder: por uma práxis no planejamento urbano autônomo
Resumo
O objetivo deste artigo é reiterar a noção de território, compreendido como o espaço das relações de poder, para desconstruir a ideia de um poder centralizado e excludente e contribuir, assim, para o entendimento de práticas autônomas de planejamento e movimentos insurgentes. A negação da ideia de que o Estado é o símbolo máximo de poder permite a visualização do conjunto de micropoderes que se configuram no cotidiano em diversas formas e escalas. Esses micropoderes se manifestam em movimentos políticos recentes que, muitas vezes, não dialogam com as instâncias políticas estabelecidas pelo Estado, mas, sim, principalmente, com questões relativas aos conflitos cotidianos vividos pela sociedade urbana. Nesse sentido, em um contexto de crise de legitimação de poder do Estado, cabe salientar a importância de se buscar novas estratégias de reconhecimento e apreensão de tais conflitos como forma de ampliar o diálogo com a sociedade. Nessa perspectiva, a explicitação do conflito cotidiano será, assim, considerada a principal estratégia de construção da autonomia, que, por sua vez, é o ingrediente básico para a construção de um planejamento urbano comprometido com o desenvolvimento socioespacial.
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R. Paranaense Desenv. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Curitiba, PR, Brasil, ISSN 2236-5567 (online) e ISSN 0556-6916 (impresso) - revista@ipardes.pr.gov.br
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