Fronteiras metropolitanas: um olhar a partir dos movimentos pendulares

Ricardo Ojima

Resumo


O processo de urbanização brasileiro inequivocamente construiu um cenário de concentração/desconcentração da população em aglomerações urbanas (conurbadas ou não) que se configuram em alguns casos como metrópoles importantes no contexto social e político nacional. Entretanto, após a Constituição Federal de 1988, a criação oficial de Regiões Metropolitanas no país passou a ser atribuição das Unidades da Federação e, com isso, os critérios para definição da extensão dessas “metrópoles” passaram a seguir critérios políticos administrativos. Assim, deixou-se de lado critérios de mobilidade intra-regional que permitissem identificar a integração dos municípios de uma aglomeração urbana em torno de circulação de pessoas. Partindo do conceito de aglomeração urbana usado pela pesquisa da Rede Urbana Brasileira, publicada pelo IPEA, IBGE e Unicamp (2000), este trabalho discute uma metodologia de análise das aglomerações urbanas brasileiras a partir da utilização dos dados censitários de movimentos pendulares de forma a incorporar ou não os municípios que efetivamente possuem uma integração demográfica. Para isso, após uma breve caracterização do perfil dos movimentos pendulares, utilizou-se estes dados para uma proposta de regionalização onde os dados de pendularidade fossem incorporados de maneira homogênea para estas regiões. Portanto, trata-se de um exercício metodológico com uma análise exploratória simples, mas que permite avançar no debate dos critérios de definição analítica das regiões metropolitanas brasileiras.


Palavras-chave


Pendularidade; Metropolização; Urbanização

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R. Paranaense Desenv. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Curitiba, PR, Brasil, ISSN 2236-5567 (online) e ISSN 0556-6916 (impresso) - revista@ipardes.pr.gov.br

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