A Biblioteca Central de Seattle e a "arquitetura metropolitana" de Rem Koolhaas (parte 2)
Resumo
A obra da Biblioteca Central de Seattle, inaugurada em 2004, se
insere numa política pública daquele município do noroeste dos EUA
consistente em renovar e ampliar seu sistema de bibliotecas públicas
apostando na permanência do livro público aliado a novas tecnologias de
informação. O Office for a Metropolitan Architecture, liderado por Rem
Koolhaas buscou tirar partido desta aposta para criar, através dos meios
da arquitetura, uma nova imagem da instituição biblioteca atraente a um
usuário flâneur, por assim dizer.O projeto organizou baterias
funcionais distintas na volumetria e nos condicionamentos e as agrupou
verticalmente sem a usual concordância de andares uns sobre os outros.
Daí resultou algo como que uma pilha de caixas agrupadas casualmente,
para as quais a curtainwall exterior provê uma “unidade” como
que por empacotá-las numa película transparente. O volume resultante
repousa sobre os andares da base do edifício, uma construção cerrada de
concreto, como uma escultura sobre um pedestal, mas uma escultura
incomodada e rebelada, por assim dizer,com esse pedestal. A compreensão
desta obra conduziu-nos ao conceito de obra alegórica e às raízes da
proposta arquitetônica da “arquitetura metropolitana” de Rem Koolhaas
nas teses de Walter Benjamin sobre a modernidade em Baudelaire e a
experiência da metrópole moderna.
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