EVOLUÇÃO MORFOESTRUTURAL DO RELEVO DA MARGEM CONTINENTAL DO ESTADO DO CEAR, NORDESTE DO BRASIL / Evolution morfoestrutural of the relief of the continental edge of the Ceará State, northeast of Brazil
Resumo
A formação da margem continental do Ceará iniciou no final do
Jurássico. Entre o Jurássico e o Barremiano, ocorreram esforços
distensivos que preparavam a ruptura entre a América do Sul e a frica,
criando a série de rifts do sistema Cariri/Potiguar. Ao final do
Neocomiano as deformações associadas à abertura oceânica saltaram do
segmento leste do Atlântico Sul em direção ao Altântico Equatorial, e os
rifts abortaram. Mas a deformação se prolongou ao curso do Aptiano e
Albiano a norte e nordeste, tendo sido responsáveis pela gênese da
margem continental transformante do Nordeste. Entre o Aptiano e
Campaniano, a região foi marcada por epsódios de subsidênica térmica que
afetaram os rifts abortados. A partir do Eocampaniano, a evolução da
margem foi marcada por soerguimentos do embasamento e das bacias
sedimentares. O relevo dessa região representa um vasto anfiteatro
aberto em direção ao mar, comportando um conjunto complexo de formas
estruturais trabalhadas. Tal disposição morfoestrutrural foi diretamente
herdada do Cretáceo. Tal contexto demonstra que a diferenciação dos
grandes volumes de relevo da margem continental do Ceará e do Nordeste,
bem como a modelagem das baixas superficies, são bem mais antigas do que
o que vem sendo normalmente admitido pela Geomorfologia clássica.
Palavras chave: margens continentais, Geomorfologia Estrutural, Megageomorfologia do Ceará, relevo do Nordeste brasileiro
Palavras chave: margens continentais, Geomorfologia Estrutural, Megageomorfologia do Ceará, relevo do Nordeste brasileiro
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