A INTERESCALARIDADE DA PRODUÇÃO HABITACIONAL DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA EM CIDADES MÉDIAS: DO AUMENTO DO CONSUMO IMOBILIÁRIO AO AUMENTO DAS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS
Resumo
O artigo busca ressaltar a importância que as articulações escalares exercem no processo de produção do espaço urbano na contemporaneidade, e mais especificamente na produção habitacional em cidades médias. Ao expor um debate sobre o papel que o Programa Minha Casa Minha Vida teve na criação dos “elos” entre as escalas geográficas e a produção habitacional em duas cidades médias, Ribeirão Preto/SP e São Carlos/SP. É construído um debate teórico sobre a importância que as escalas geográficas assumem ao se analisar a produção do espaço urbano em cidades médias, defendendo a necessidade de construções analíticas multiescalares para se entender os processos contemporâneos. É analisada a crescente participação de grandes empresas imobiliárias que passam a atuar nas cidades em questão a partir de suas inserções dentro do Programa, e assim passam a inserir a produção habitacional dessas cidades em uma dimensão que extrapola a escala da cidade, sendo possível, portanto, observar relações de ordem local-global. Por fim, é dado destaque as transformações recentes na produção habitacional e seus efeitos na produção do espaço urbano a partir do Programa Minha Casa Minha Vida destacando seus diferentes efeitos em diferentes dimensões, desde o aumento do consumo e oferta imobiliária até a reprodução das desigualdades socioespaciais.
Palavras-chave
Produção do Espaço Urbano; Produção Habitacional; Programa Minha Casa Minha Vida; Cidades Médias; Ribeirão Preto; São Carlos; Desigualdades Socioespaciais.
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PDFCaderno Prudentino de Geografia - ISSN: 2176-5774
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