ANÁLISE RÍTMICA E A CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA BRASILEIRA
Resumo
O estudo geográfico do clima no Brasil, assim como em todo o
mundo, iniciou-se com a utilização da definição de clima como o "estado
médio da atmosfera". Este paradigma perdurou até os anos de 1960, quando
o professor Carlos Augusto Figueiredo Monteiro passou a estudar o clima
não mais como um conceito estático, iniciando uma nova escola,
conhecida como climatologia geográfica brasileira. Esta nova abordagem
visava entender o clima através de seu ritmo, e sua avaliação é
realizada por meio da técnica da análise rítmica que visa para
relacionar as variáveis meteorológicas com a dinâmica da atmosfera.
Apesar do aumento expressivo de estudos relacionados ao clima nas
últimas décadas, poucos são os trabalhos que utilizam o método proposto
pela climatologia geográfica brasileira. Talvez o motivo para isso seja
pela sua complexidade e quantidade de dados necessários para realizá-lo,
ou simplesmente pela falta de uma "bula" com os ensinamentos clássicos.
O presente trabalho tem o objetivo de enfatizar a utilização da técnica
de análise rítmica principalmente para estudos ambientais além de
destacar a utilização de duas ferramentas de auxílio à classificação dos
tipos de tempos que são as imagens de satélite e as cartas sinóticas da
Marinha do Brasil. O estudo foi aplicado para o município de São Paulo
no ano de 2009 com a utilização dos dados medidos pela estação
meteorológica do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências
Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP). Conclui-se que a
utilização de ferramentas auxiliares são indispensáveis para a
classificação dos tipos de tempo provendo o intérprete de um dado
empírico para o entendimento da dinâmica atmosférica local.
Palavras-chave
Climatologia Geográfica; Análise Rítmica; Tipos de Tempo; Imagens de Satélite.
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