OS BANCOS DE SEMENTES COMUNITÁRIOS COMO UMA EXPERIÊNCIA ALTERNATIVA DE RESISTÊNCIA AO CAPITAL NO CAMPO
Resumo
O ser humano, desde que aprendeu a dominar as técnicas de plantio
e cultivo agrícola, desenvolveu, a partir das observações das mudanças
que ocorriam na natureza, formas de adaptação importantes para a
produção de alimentos direcionados ao consumo familiar. Desse modo,
durante milhares de anos, pequenos agricultores de diversos lugares do
mundo iniciaram e mantêm a tradição de plantar uma gama de espécies
alimentícias usadas como garantia de subsistência das comunidades
locais. Dentre essas experiências, podemos citar a de seleção e
estocagem de sementes naturais (conhecidas como sementes crioulas ou
Sementes da Paixão). No sertão paraibano, destaca-se a importância dos
Bancos de Sementes Comunitários no Assentamento Três Irmãos – Triunfo –
PB, que negam o processo histórico de mudanças pelos quais os sujeitos
sociais envolvidos com a questão agrária vivenciaram naquela região.
Este trabalho faz parte das discussões de uma pesquisa de mestrado
vinculada ao Programa de Pós Graduação em Geografia (PPGG) da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), intitulada: Os bancos de
sementes comunitários na construção dos territórios de esperança: o caso
do assentamento Três Irmãos/PB (em fase de conclusão), o qual objetiva
fazer um estudo da resistência camponesa ao processo de dominação do
capital na agricultura, através da recuperação da luta pela terra e a da
construção do Banco de Sementes Comunitários no Assentamento Três
Irmãos, localizado próximo a cidade de Triunfo, na microrregião de
Cajazeiras, na Paraíba. Essa comunidade é composta por 74 famílias,
distribuídas em 07 glebas: Três Irmãos, Saco, Tabuleiro Grande, Croá,
Carretão, Mulunguzinho e Vertente. A metodologia utilizada foi
quanti-qualitativa, para isso, fizemos a bibliográfica e documental,
além de pesquisas de campo; o método foi o materialismo histórico e
dialético. Estudar, portanto, as Sementes da Paixão e os Bancos de
Sementes Comunitários, faz-nos perceber como os camponeses enfrentam os
problemas deles, sejam naturais, sociais, culturais ou econômicos.
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PDFISSN: 1982-3878




