Aquisição e Produção do Conhecimento em Geomorfologia: a investigação geomorfológica e seus conceitos fundantes
Resumo
O trabalho evidencia a Geomorfologia como uma ciência que se estrutura fundamentalmente a partir dos dados fornecidos pela observação, findando na construção de leis e teorias de maior escopo, à medida que os fatos se tornam mais refinados devido a aperfeiçoamentos das capacidades de observação e experimentação. Mesmo a natureza da observação sendo ativa e seletiva, já que há "expectativas inatas" que desdobram em critérios de seleção, culminando, por vezes, em percepções e representações distintas sobre uma mesma realidade, é possível traçar as linhas mestras que balizam e norteiam a estruturação do conhecimento geomorfológico. O objetivo do trabalho é, portanto, sublinhar que a produção do conhecimento geomorfológico esteve invariável e historicamente, em menor ou maior medida, atrelada a específicos conceitos fundantes, sistematizados no que se tem, por ora, denominado Tríade Geomorfológica
Downloads
Referências
ABREU, A. A. Análise geomorfológica: reflexão e aplicação uma contribuição ao conhecimento das formas de relevo no Planalto de Diamantina. 296 f. Tese (Livre docência em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. 1982
ABREU, A. A. A Teoria Geomorfológica e sua Edificação: Análise Crítica. Revista Brasileira de Geomorfologia, 2003, Ano 4, nº 2. p. 51-67.
CAMPY, M.; MACAIRE, J. J. Géologie des formations superficielles ; géodynamique, faciès, utilisation. Paris: Marron, 1989.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo, Edgard Blücher Ltda, 2° Edição. 1980.
COLTRINARI, L. Geomorfologia: Caminhos e perspectivas. Revista Brasileira de Geomorfologia, 2000, Ano 1, nº 1. 44-47 p.
DAVIS, W. M. The geographical cycle. Geographical Journal of the Royal Geographical Society, 1899, v. 14. p. 481-504
DOTT, R. H. JR. 1982 SEPM Presidential Address: Episodic Sedimentation--How Normal Is Average? How Rare Is Rare? Does It Matter? Journal of Sedimentary Research, v. 53, n. 1, 1983.
GILBERT, G. K. Land sculpture in the Henry Mountains. US Geography and Geology Survey of the Rocky Mountain Region. General Printing Office, Washington, DC. 1887.
HAMELIN, L. E. Géomorphologie. Géographie globale-géographie totale. Cahiers de Géographie de Québec, 8 (16):199-218, 1964.
HARRISON, S. On reductionism and emergence in geomorphology. Transactions of the Institute of British Geographers, 2001, v.26, n. 3: 327–339.
KING, L. C. A geomorfologia do Brasil oriental. Revista Brasileira de Geografia, 1956, v. 18, n. 2, p. 147-265.
KOHLER, H. C. A Escala na Análise Geomorfológica. Revista Brasileira de Geomorfologia, 2001, v.2, n.1, p.21-23.
MARTONNE, E. de. Tratado de geografia física. Barcelona: Juventud, 1964.
PARTOUNE, C. La dynamique du concept de paysage. 2004. Disponível em http://www.lmg.ulg.ac.be/articles/paysage/paysage_concept.html Acesso em agosto de 2012.
PAULETT, J.P. Les représentations mentales em géographie. Oaris, Anthrops, coll. Géographie. 2002.
PHILLIPS, J. D. Sediment storage, sediment yield and timescales in landscape denudation. Geographical Analysis, 1986, v. 18, p. 161 – 167.
PHILLIPS, J. D. The role of spatial scale in geomorphic systems. Geographical Analysis, 1988, v. 20, p. 308 – 317.
REYNAUD, A. Épistelologie de la géomorphologie. Paris, Masson. 1971.
RHOADS, B. L.; THORN, C. E. Geomorphology as science: the role of theory, Geomorphology, 1993, 6, p. 287-307.
ROQUE ASCENÇÃO, V. O. Os conhecimentos docentes e a abordagem do relevo e suas dinâmicas nos anos finais do Ensino Fundamental. 151 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais. 2009.
SAADI, A. Modelos morfogenéticos e tectônica global: reflexões conciliatórias. Geonomos, 1998, v. 6 n. 2. p. 55-63.
SCHUMM, S.A., LICHTY, R.W. Time, space, and causality in geomorphology. American. Journal of Science. 1965. v. 263, pp. 110-119.
SELBY, M. J. Earth’s changing surface: an introduction to geomorphology. Oxford [Oxfordshire]: Clarendon Press; New York: Oxford University Press. 1985.
SOUZA, C. J. O. Geomorfologia no Ensino Superior: difícil, mas interessante! Por quê? Uma discussão a partir dos conhecimentos e das dificuldades entre graduandos de geografia. 264 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, 2009.
TRICART, J. L. F. Geomorphology for the future: geomorphology for development and development for geomorphology. In: International Conference on Geomorphology: vol 1. University of Manchester. International geomorphology 1986. Chichester : John Wiley. 1985.
VITTE, A. C. Da ciência da morfologia à geomorfologia geográfica: uma contribuição à história do pensamento geográfico. Mercator, 2008, v. 7. p. 113-120.
WOOLDRIDGE, S.W. The trend of geomorphology. Transactions and paper, Institute of British Geographers, 1958, 25, p. 29-35.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Este obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.