MICROTERRITÓRIOS E SEGREGAÇÃO NO ESPAÇO PÚBLICO DA CIDADE CONTEMPORÂNEA
Resumo
Neste artigo são discutidas as relações entre
microterritorialidades urbanas e as estratégias de apropriação
socioespacial do espaço público na cidade contemporânea, com o intuito
de explicitar os conteúdos simbólicos e de cunho segregacionista que se
manifestam através da constituição de territórios plásticos e móveis dos
diferentes grupos sociais, classes e frações de classe. Essas questões
são analisadas a partir de exemplos concretos em Paris e Salvador, que
revelam os efeitos de classe (segmentação) e de massa (transversalidade)
nos processos de apropriação de praias e parques em um contexto
urbano/metropolitano. A operacionalização dos conceitos de território e
espaço público na análise dos exemplos apresentados mostra, por outro
lado, que as barreiras/os limites que se estabelecem entre os diferentes
territórios resultam de uma dialética entre capital cultural e
econômico que vai condicionar processos de segmentação/segregação no
espaço público da cidade contemporânea, desvendando “identidades”
baseadas nos modos de consumo do/no espaço.
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