TERRITÓRIOS DA PRIVAÇÃO SOCIAL NA CIDADE DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL

  • Rivaldo Mauro Faria Universidade Federal de Santa Maria - UFSM / Santa Maria, Rio Grande do Sul
  • Paloma Savian Universidade Federal de Santa Maria - UFSM / Santa Maria, Rio Grande do Sul
  • Dinara De Vargas Universidade Federal de Santa Maria - UFSM / Santa Maria, Rio Grande do Sul
Palavras-chave: Privação Social. Desigualdades Territoriais. Santa Maria.

Resumo

O objetivo deste estudo é aplicar um índice composto de privação, denominado Índice de Privação Social (IPS), no estudo das desigualdades territoriais da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Trata-se de um exercício metodológico desenvolvido com técnica originalmente proposta por Carstairs e Morris (1991) a partir da seleção de três variáveis relacionadas às desigualdades sociais urbanas. Os dados foram coletados em fontes secundárias oficiais, ao nível dos setores censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e modelados em Sistema de Informação Geográfica (SIG). Neste ambiente foram realizadas operações de estatística espacial e análise exploratória dos dados, com recurso à técnica da autocorrelação espacial de Moran I. Os resultados indicaram três situações de privação espacialmente delimitadas como um centro de baixa privação social, uma periferia de elevada privação e uma extensa área de transição claramente demarcatória dessas duas situações extremas do IPS. Na porção leste da cidade, sob influência do uso universitário do território, apresenta-se ainda uma quarta situação representada pela menor privação social e pelo rompimento do modelo centro-periferia. Conclui-se, pois, que o IPS é um indicador importante para a elaboração de cenários diagnósticos das desigualdades espaciais e para produção de políticas públicas adequadas reais às necessidades do território.

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Publicado
2019-05-02
Como Citar
FARIA, R. M.; SAVIAN, P.; DE VARGAS, D. TERRITÓRIOS DA PRIVAÇÃO SOCIAL NA CIDADE DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL. Boletim de Geografia, v. 37, n. 1, p. 234-250, 2 maio 2019.
Seção
Artigos científicos