ÁREAS CENTRAIS URBANAS E MOVIMENTOS DE MORADIA: TRANSGRESSÃO, CONFRONTOS E APRENDIZADOS
Resumo
O gigantesco processo de construção de cidades ocorrido no Brasil
durante décadas do século XX deixou para trás o rastro da urbanização
precária, da violência e das iniquidades. Periferias das metrópoles
espraiaram-se, enquanto áreas de preservação ambiental foram ocupadas
haja vista a ausência de políticas urbanas e de habitação apropriadas.
As áreas centrais de diversas metrópoles perderam população permanente
durante as últimas décadas, em que pese seu potencial, do ponto de vista
de oportunidades de trabalho, serviços e inclusão. Diante da demanda
por habitação, os movimentos urbanos têm promovido ocupações organizadas
de terras e prédios em regiões bem localizadas, com intuito de
pressionar os governos por políticas de habitação e denunciar
propriedades que não cumprem função social. A esses processos de lutas
têm sido associados mecanismos de construção de cidadania insurgente,
cidadania transgressiva e construção de aprendizados a partir dos
confrontos e lutas, conforme alguns casos descritos neste artigo.
Palavras-chave
habitação social; areas centrais urbanas; urbanização insurgente; ocupações e lutas urbanas
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