O Alphaville no Aglomerado Metropolitano de Curitiba

Carlos Ritter

Resumo


O presente artigo visa apresentar os estudos desenvolvidos sobre os reflexos socioeconômicos da instalação do Complexo Alphaville no entorno do Aglomerado Metropolitano de Curitiba, uma vez que a chegada do Alphaville trouxe uma nova forma de morar e de se relacionar com a metrópole. Os estudos foram desenvolvidos em 2009 e 2010, a partir de dados de órgãos oficiais, como a COMEC[1], COHAPAR[2], Prefeituras Municipais de Pinhais e de Colombo e principalmente com o uso de entrevistas e questionários, nos quais foram priorizadas as populações dos Condomínios Horizontais Fechados (CHFs) do Alphaville e da Vila Zumbi dos Palmares. Pode-se concluir que essa empresa fez uso das estratégias já consagradas de corporativismo com o Estado. Graças à força desse corporativismo, instalou duas unidades, Graciosa e Pinheiros, em uma porção da Área de Proteção Ambiental de Pinhais, convertida em Unidade Territorial de Planejamento (UTP). O Alphaville, no intuito de apaziguar o seu entorno marcado por precariedades socioeconômicas, passou a desencadear ações sócio-educativas, tendo como alvo principal a “favela” Zumbi dos Palmares. Visava antes de tudo preservar o status do seu empreendimento e garantir o “excelente negócio”, proporcionado àqueles que investiram no Alphaville. As suas influências culminaram com o Estado do Paraná intervindo na Vila Zumbi dos Palmares, através da COHAPAR, com o Projeto de Regularização Fundiária, Urbanização e Desenvolvimento Socioambiental.

 


[1] Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba.

[2] Companhia de Habitação do Paraná.


Palavras-chave


Corporativismo; Fortificação; Urbanização; Aglomerado metropolitano

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