POLÍTICAS PÚBLICAS E URBANISMO NO TECIDO ANTIGO DA CIDADE EUROPEIA
Resumo
O conceito de centro histórico está em crise, o que ocorre também
com muitos outros conceitos, numa geografia a mudar rapidamente.
Todavia, a “cidade antiga” está de novo no centro da política urbana e
anima também o debate de múltiplas disciplinas científicas e de outros
tipos de saber, ainda que o desenvolvimento conduzido pelo turismo e
orientado para o patrimônio arquitetônico seja hoje muito
questionado.Embora importantes, as generalizações perdem aderência a
realidades espaciais complexas e muito dinâmicas, mesmo em relação a
lugares urbanos de grande coerência aparente, já que é muito relevante a
diferença no tipo, na intensidade e na amplitude das mudanças em curso,
de cidade para cidade. No momento em que o planejamento colaborativo e o
desenvolvimento associado à cultura reforçam a relevância de uma muito
pequena parte das áreas urbanas estendidas e complexas dos nossos dias,
dita histórica, e quando a compreensão de um caso parece dar mais luz
sobre o todo, em lugar da generalização que aparenta facilitar a leitura
de cada caso, sem esquecer as dinâmicas gerais, aborda-se aqui a cidade
do Porto, para procurar compreender melhor a forma como a cidade
antiga, perdendo população e emprego, se mantém afetivamente central
para residentes, suburbanos e visitantes, abraçando formas específicas
de uma nova abordagem à política urbana e ao urbanismo, valorizando a
integração espacial e o envolvimento de todos.
Palavras-chave
Cidade histórica; Urbanismo; Política urbana; Porto
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