Territorialidades de pós-conflito: violência no campo e luta pela terra no marco da política de restituição de terras e o processo de justiça transicional na Colômbia

Marcia Arteaga Pertuz, Bernardo Mançano Fernandes, Luis Felipe Rincón Marinque

Resumo


Neste artigo apresentamos uma análise das territorialidades de pós-conflito da Colômbia utilizando dados e informações de diversas fontes e um referencial teórico que possibilita compreender como os diferentes sujeitos produzem as territorialidades para dominar através do assassinato e territorialidades para defender a vida por meio de diferentes mecanismos, neste caso através da restituição de terras e o retorno ao campo, reconstruindo territórios no marco de uma guerra de mais de cinco décadas, cujo final tem se anunciado em múltiplas ocasiões, mas se prolonga mediante as metamorfoses de suas estruturas de poder e a renovação de seus atores. Esta leitura revela a perversidade do capitalismo em produzir as relações de violência para eliminar as pessoas que resistem em suas terras e territórios. Em tempos de guerra, o capitalismo acirra os conflitos que ele mesmo produz através da renda capitalizada da terra e a expropriação do campesinado e outras populações. Para compreender esta realidade, estudamos vários departamentos da Colômbia demonstrando a crueldade dos conflitos armados e a continuidade da violência no pós-conflito. A união das elites do País contra o povo da Colômbia que resiste e continua reivindicando - disputando os territórios para restabelecer seus direitos à vida, terra e território.

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