"Quando o mato vira bosque é porque melhorou, não é?" Mobilidades e permanências constituindo territórios urbanos
Resumo
Bairros populares, localizados na fronteira urbano-rural,
são caracterizados por uma condição generalizada de vulnerabilidade no
momento de sua constituição. A precariedade da infraestrutura urbana e a
própria condição social dos moradores (não raro migrantes) promove uma
diversidade de reveses. Neste artigo, discutirmos um destes bairros na
cidade de Campinas (SP): os DICs (Distritos Industriais de Campinas). A
partir de uma abordagem humanista-fenomenológica, procuramos compreender
a experiência urbana dos próprios moradores no devir geográfico que
marcou o bairro durante sua consolidação urbana. Entre o início precário
e a consolidação do bairro, as narrativas dos moradores revelam uma
tensão entre mobilidade e permanência, a qual se reflete na qualidade e
em características destas enquanto estruturadoras da experiência urbana a
partir do lugar (bairro). Dentro deste contexto, é o desenvolvimento de
territorialidades e da identidade territorial que auxiliou o
enfrentamento dos reveses que marcaram o início dos DICs, tornando sua
compreensão fundamental para pensar a vulnerabilidade enquanto processo
experienciado cotidianamente.
Palavras-chave
bairro, identidade territorial, território vivido, vulnerabilidade, DICs (Campinas-SP)
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.22409/geographia.v12i23.328
Niterói:
UFF, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em
Geografia,1999 – Quadrimestral - ISSN 15177793 (eletrônico). Os
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GEOgraphia - Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense