"Quando o mato vira bosque é porque melhorou, não é?" Mobilidades e permanências constituindo territórios urbanos

Fernanda Cristina de Paula, Eduardo Marandola Jr., Daniel Joseph Hogan

Resumo


Bairros populares, localizados na fronteira urbano-rural, são caracterizados por uma condição generalizada de vulnerabilidade no momento de sua constituição. A precariedade da infraestrutura urbana e a própria condição social dos moradores (não raro migrantes) promove uma diversidade de reveses. Neste artigo, discutirmos um destes bairros na cidade de Campinas (SP): os DICs (Distritos Industriais de Campinas). A partir de uma abordagem humanista-fenomenológica, procuramos compreender a experiência urbana dos próprios moradores no devir geográfico que marcou o bairro durante sua consolidação urbana. Entre o início precário e a consolidação do bairro, as narrativas dos moradores revelam uma tensão entre mobilidade e permanência, a qual se reflete na qualidade e em características destas enquanto estruturadoras da experiência urbana a partir do lugar (bairro). Dentro deste contexto, é o desenvolvimento de territorialidades e da identidade territorial que auxiliou o enfrentamento dos reveses que marcaram o início dos DICs, tornando sua compreensão fundamental para pensar a vulnerabilidade enquanto processo experienciado cotidianamente.

Palavras-chave


bairro, identidade territorial, território vivido, vulnerabilidade, DICs (Campinas-SP)

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DOI: https://doi.org/10.22409/geographia.v12i23.328

Niterói: UFF, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geografia,1999 – Quadrimestral - ISSN 15177793 (eletrônico). Os conteúdos da Revista GEOgraphia estão licenciados em CC BY.
 
 

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