“Doenças tropicais”: o clima e a saúde coletiva. Alterações climáticas e a ocorrência de malária na área de influência do reservatório de Itaipu, PR

Maria Eugenia M. Costa Ferreira

Resumo


As “doenças tropicais” estão relacionadas a condições de temperatura e umidade, responsáveis pela proliferação de insetos vetores. O conceito inclui, também, aspectos socioeconômicos decorrentes das condições de subdesenvolvimento. Algumas doenças transmitidas por insetos vetores, entre elas a malária, estão aumentando em freqüência no continente americano desde 1980. O surto de malária de 1989, no oeste do Paraná, ocorreu cinco anos depois do preenchimento do reservatório de Itaipu. Antes disso, a área não apresentava casos autóctones de malária e o Anopheles darlingi ocorria de modo discreto. O lago favoreceu o desenvolvimento de criadouros, aumentando a proliferação do inseto. Alterações climáticas locais como o aumento das taxas de umidade e das temperaturas médias, com redução nos extremos de temperatura e intensifi cação de ventos do quadrante Norte, ampliam a área de risco de ocorrência de malária na direção das latitudes mais altas do Brasil meridional e do norte da Argentina.

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