ECO-HISTÓRIA DA PAISAGEM

Messias Modesto dos Passos

Resumo


Abrir a história das paisagens rurais por um quadro geográfico é supor o problema ecológico resolvido. É mumificar um espaço artificialmente estabilizado no tempo e delimitar no espaço; senão falsificar, ao menos embaraçar de pressupostos a análise das relações históricas entre as comunidades do campo e os meios físicos, é finalmente congelar o movimento da natureza e da história, quando o que se precisa é colocá-lo em evidência. A evolução histórica das paisagens, regra geral, é negligenciada pelos ecologistas - pouco familiarizados com os fatos e os documentos históricos -; pelos historiadores que, com raríssimas exceções, não interpretam os documentos relativos ao meio "natural", e pelos geomorfólogos, que enfatizam mais o conhecimento dos meios quaternários em detrimento da dinâmica atual das paisagens, ou seja, ignoram o período histórico. O espaço rural é uma criação humana permanente, que depende não somente das populações campesinas que o cultivam e que nele vivem, mas também de uma parte da burguesia urbana que detém o domínio político e imobiliário. Mas o espaço rural não existe fora das condições naturais. Ele é uma realidade ecológica    

Palavras-chave


Eco-história; paisagem rural; determinismo; possibilismo; sociedade; natureza

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DOI: http://dx.doi.org/10.4025/bolgeogr.v15i1.12880



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