O período desenvolvimentista no Brasil começa a se estruturar durante a presidência de Getúlio Vargas, efetivando-se com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (JK) e estendendo-se até aos governos militares. Com ele, rompe-se, no plano territorial, com a estrutura de “ilhas de prosperidade”, localizadas no litoral e pouco articuladas entre si. Os investimentos do Estado, com JK, dar-se-ão em setores chaves da produção, tais como: energia, siderurgia e mineração. Neste, se inseria a atividade da Fasa, empresa sediada em Olinda (PE) que processou a exploração e produção de fosfato, em atendimento, inicialmente, às demandas da região Nordeste. Com a vinculação da empresa à política de JK, no final da década de 1950, vislumbra-se o alcance do mercado localizado no Sul do país, graças ao incentivo proporcionado pela instalação de uma Usina de Beneficiamento de maior alcance industrial. Mas esse mesmo empreendimento, imbuído em fatos envolvidos em diversas escalas do fenômeno aqui estudado, paralisou suas atividades ainda sob o Governo Militar. Destarte, este trabalho, resultante de extratos de conteúdos necessários à investigação dos objetos de pesquisa do mestrado e doutorado, tem como objetivo refletir sobre o processo de constituição da empresa Fasa e sua vinculação, e consequência, com o período desenvolvimentista. Enfim, percebe-se que o espaço de produção da Fasa foi alvo de várias políticas que se estabeleceram em uma dimensão multiescalar, reveladora de que o espaço geográfico – um produto histórico –, é estratégia e, analisá-lo, sob múltiplas escalas, torna-se algo essencial no vislumbre da relação espaço-tempo.

Período desenvolvimentista no Brasil. Empresa Fosforita Olinda S/A. Olinda (PE).